A pemba é considerada um dos instrumentos com maior poder energético. Na Umbanda a pemba é usada antes, durante e depois das giras, é um elemento que atua em todos os sentidos e de diversas formas na Umbanda. Não é por acaso que nos referimos aos médiuns como “filhos de pemba” este instrumento é usado em todos os rituais de Umbanda, quer seja em casamentos, batizados, cerimonias fúnebres ou mesmo nas giras.
A pemba em pó é usada para trabalhos de limpeza, harmonização ou até de descarga pois, consegue envolver todo o ambiente , todos os espíritos encarnados e desencarnados de uma forma extremamente poderosa; claro que disso depende a composição dos elementos adicionados à pemba e da forma como ela é soprada, pois o sopro tem um papel muito importante, porque o sopro também é energia.
Quando usada nos Pontos Riscados, o símbolo riscado transforma-se num Símbolo Sagrado com um grande Poder de Ação, traz consigo toda a força misteriosa da “Grafia dos Orixás” que são signos e símbolos magísticos que abrem ou fecham portais, que trazem ou repelem energias, ativam ou desativam forças astrais e da natureza, portanto têm o poder de fechar, trancar, abrir, quebrar, direcionar, harmonizar, transformar, equilibrar os Terreiros, assim como os médiuns pois atuam nos seus campos mediúnicos.
A Pemba também é usada no médium como forma de Cruzamento, esse ato melhora a mediunidade, protege e potencializa o dom mediúnico. O Cruzamento com Pemba é um ritual importantíssimo utilizado na Umbanda . Sabemos que um médium de incorporação antes de iniciar seus trabalhos espirituais tem que ser cruzado abrindo e fechando canais energéticos, magnéticos e divinos.
Não podemos esquecer que simbolicamente a PEMBA é a caneta da Umbanda, e que é com ela que registamos todas as nossas ações no Livro Sagrado da Lei.
Era privilégio do sacerdote mais velho da tribo a direção dos trabalhos da fabricação da pemba, esta era feita por moças virgens em completo jejum presididas pelo sacerdote, que durante a fabricação não podia tomar alimento de espécie alguma nem beber água, apenas fumava o seu cachimbo, que era considerado sagrado. Durante três dias e três noites e às vezes mais, era trabalhada a pemba, acompanhada por música de Congo, as virgens cantavam sem cessar preces à Virgem, para que ela transmitisse todas as suas virtudes às virgens. Depois de pronta a pemba era posta a secar sem que apanhasse sol, guardada num terreno por virgens e guardas indígenas que impediam que algum ladrão viesse a se apoderar de algumas. Isto feito, a pemba era guardada em vasilhas de palha para serem utilizadas nas grandes cerimonias. (Fonte: bandaxé)
Léa Cristina Ximenes
Facilitadora/Consultora Metafísica
E-mail: ximenes.andrade@gmail.com
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